Embora pareça uma combinação aleatória de algarismos e letras, os números dos voos das companhias aéreas devem seguir algumas regras impostas pelas agências reguladoras de cada país. No caso do Brasil, quem dita tais normas é a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Basicamente, as regras estipulam que a numeração de cada voo deve ser composta por quatro números e precedidos pela sigla oficial da companhia (na maioria das vezes, composta por duas letras). Por exemplo: G37685 (voo da Gol que vai de Buenos Aires a São Paulo).
Como são escolhidos os números
De acordo com as regras da Anac, os números dos voos nacionais devem ser escolhidos a partir de uma faixa que vai de 1000 a 6999. Já os internacionais, de 7000 a 8999.
Para facilitar, cada companhia aérea recebe um determinado intervalo entre esses números e é a partir dele que deve determinar as combinações. Voos nacionais da Avianca, por exemplo, devem estar na faixa dos números 6.000 a 6.999. Os internacionais, entre 8.500 a 8.599, segundo a Anac.
Pares e ímpares
Embora não seja obrigatório, a Anac recomenda que voos de ida tenham sempre final par e voos de volta sejam com final ímpar.
No entanto, as empresas não precisam, necessariamente, seguir essa lógica. No caso da Gol, por exemplo, os finais pares e ímpares são determinados por regiões. Voos que saem do Sul em direção ao Norte (Porto Alegre a São Paulo) são pares. Os que saem do Norte em direção ao Sul (São Paulo a Porto Alegre) são ímpares.
Como são escolhidas as letras
As duas primeiras letras (e em alguns casos números e letras) que formam o código dos voos correspondem à respectiva companhia aérea. Quem as determina é a Iata, associação internacional que regulamenta o setor aéreo.
Na maioria das vezes, essas duas letras estão relacionadas ao nome da companhia. Mas, em alguns casos, não. É o caso da Latam (formada pela fusão de LAN e TAM), representada por JJ, da Avianca Brasil (O6) e da Azul, que é AD. O código da GOL é G3.
Cada empresa também tem outro código, determinado pela Icao (Organização da Aviação Civil Internacional), mas é apenas de uso interno e não aparece para o usuário.
Superstições
Os números dos voos não costumam mudar ao longo dos anos. No entanto, em algumas situações, isso pode acontecer. É o caso de voos envolvidos em acidentes aéreos. A maioria das companhias aéreas deixam de usar o código quando tragédias acontecem.
Em novembro de 2014, a TAM alterou o número de um voo que ia de São Paulo para Brasília depois de uma suposta premonição feita por um vidente.
Jucelino Nóbrega da Luz disse que teve um sonho em 2005 e registrou em cartório sua visão catastrófica. Nela, o avião das 8h30 do dia 26 de novembro de 2014 teria um problema técnico e despencaria em pleno centro financeiro do Brasil (edifício comercial no cruzamento da Avenida Paulista com a Alameda Campinas, na capital paulista). Ele vislumbrou até o número do voo, JJ3720, e a companhia aérea, a TAM.
O número do voo foi alterado de JJ3720 para JJ4732 apenas no dia em que o acidente estava previsto. A aeronave decolou do aeroporto de Congonhas às 8h30 e pousou em Brasília às 10h20.
CORREÇÃO: A versão original deste post informava incorretamente o local em que cairia um avião, segundo previsão do vidente Jucelino Nóbrega da Luz. O local correto era o cruzamento da avenida Paulista com a alameda Campinas, e não com a alameda Santos. A tabela que mostra os intervalos numéricos de cada companhia aérea também estava errada ao informar as faixas de Avianca, Azul e Gol. As informações foram corrigidas.
Fontes: Anac e Gol
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